A infertilidade conjugal é a incapacidade de gestar após 12 meses de relações sexuais sem contraceptivo que atinge 15% dos casais ao redor do mundo. O diagnóstico da doença gera muita expectativa e ansiedade em relação ao resultado (engravidar e dar a luz a uma criança), aos procedimentos médicos necessários para a aquisição dos gametas (espermatozoides e óvulos), aos custos envolvidos e às possíveis complicações. É bem frequente a pergunta: Dr., conto aos meus familiares a respeito do diagnóstico e tratamento ou não?

Como contar sobre a infertilidade conjugal aos parentes e amigos?

Falar sobre um problema de saúde é uma decisão pessoal e deve ser tomada baseada nas impressões e vivências do envolvido. A infertilidade conjugal é um problema do casal, independentemente de causa feminina ou masculina, e envolve vivências pessoais de duas pessoas e duas famílias diferentes.

Quando o casal faz essa pergunta é porque os dois não conseguiram chegar a uma conclusão e precisam de ajuda na decisão, porém não é fácil responder a questão!

Quais fatores levar em consideração para decidir por contar ou não sobre a infertilidade conjugal?

Respondo a pergunta aos meus casais com outras perguntas a respeito de:

  1. Capacidade individual de lidar com desafios e frustração
  2. Visão dos familiares sobre problemas familiares
  3. Característica de comportamento frente a problemas familiares
  4. Presença de familiar/amigo que tenha histórico de suporte
  5. Visão do casal após responder as questões

Todos nós temos capacidade individualizada de lidar com problemas pessoais, pressão e frustração, porém pode existir um antecedente de doença causada por situações de estresse e frustração que deve ser valorizado e tratado em conjunto com a infertilidade.

As famílias têm maneiras diferentes de enxergar e lidar com problemas de seus componentes. Famílias de comportamento mais realista/otimista e que usualmente dão suporte sem cobranças, são mais receptivas a conhecer e dividir os problemas. Famílias mais ansiosas e de comportamento mais pessimista ou com muita cobrança são menos receptivas e podem aumentar o nível de estresse e ansiedade do casal.

Geralmente as pessoas têm alguém próximo com quem dividir ansiedades  e dúvidas, amigos ou familiares que podem ajudar a lidar com todo diagnóstico, tratamento e depois no resultado.

Após guiar o casal diante destes questionamentos, o próprio casal consegue definir qual o melhor caminho a seguir. Nós do PAIH acreditamos que a informação e orientação são grandes ferramentas no tratamento da infertilidade conjugal.

Consulte um especialista e esclareça suas dúvidas!