Congelamento de Sêmen

O congelamento de sêmen (ou criopreservação) é um dos grandes avanços trazidos pela medicina reprodutiva, possibilitando ao homem exposto a riscos ou moléstias a capacidade de se tornar pai algum dia. No homem e sob o ponto de vista clínico, preservar a fertilidade é possível quando existir a chance de perder ou prejudicar a produção de espermatozoides, em situações em que esse for submetido à quimioterapia ou radioterapia, for trabalhar em funções com risco ocupacional (indústria química, exposição à radiação), for candidatos a vasectomia ou for paciente que serão submetidos à cirurgia de próstata sem filhos. Dentre essas, a situação mais frequentes é a preservação antes da quimio/radioterapia. O método de preservação do sêmen baseia-se na criopreservação (congelamento) em nitrogênio líquido de espermatozoides obtidos por masturbação ou por método alternativo de coleta (recuperação de espermatozoides do epidídimo ou do testículo). As amostras obtidas são mantidas em banco de sêmen para uso futuro associado às técnicas de reprodução assistida (fertilização “in vitro”). É importante salientar que o congelamento do sêmen (ou criopreservação) deve ocorrer antes da primeira sessão de quimio ou radioterapia. Infelizmente no Brasil o paciente só se atenta à questão de ter filhos após o tratamento já ter sido realizado a moléstia já ter sido eliminada, situação em que já é tarde demais para preservar a fertilidade. O procedimento para o congelamento ou criopreservação do sêmen deve ser realizado em clínica especializada, que realize a coleta, análise, identificação, criopreservação em solução crio protetora e o armazenamento em nitrogênio líquido (a uma temperatura de – 196°C), que permite o sêmen ficar armazenado por mais de 50 anos. Antes da criopreservação é necessária a avaliação da presença de doenças infecciosas (AIDS, hepatite, retrovirose) por determinação da ANVISA para segurança biológica das amostras.

Conheça em quais casos o congelamento de sêmen é indicado

A possibilidade de se criopreservar (ou congelar) o sêmen pode ser indicada nos seguintes casos:

  • Antes do inicio do tratamento de quimio ou radioterapia,
  • Pacientes que serão submetidos à cirurgia de próstata, e que ainda não tenham filhos,
  • Antes da cirurgia de remoção de testículo,
  • Pré-vasectomia e doenças que utilizem terapias imunossupressoras
  • Lúpus e artrite reumatoide,
  • Homens com profissões de alto risco para a fertilidade (ex.: mergulhadores)
  • Homens expostos a produtos químicos, agrotóxicos, pesticidas e radiações ionizantes.

Nas situações mais comuns, 96% dos pacientes que passam pela quimioterapia ficam azoospérmicos (ausência de espermatozoides) logo após o tratamento. Em torno de 2/3 dos pacientes que recebem radioterapia ficam azoospérmicos por um período de dois a cinco anos; contudo 33% continuarão azoospérmicos definitivamente. A capacidade de engravidar uma mulher fica assim muito comprometida em pacientes que passam por esses tratamentos. O congelamento de sêmen (ou criopreservação) é um recurso da medicina sexual que possibilita o uso dos espermatozoides, para gerar filhos naturais, que combinadas com as técnicas de reprodução assistida permitem ao casal engravidar no futuro. Fale com nossa equipe de médicos especialistas para saber mais.

A coleta de espermatozoides é realizada por masturbação, ou pela recuperação de espermatozoides do epidídimo ou do testículo. Seguindo determinação da ANVISA para segurança biológica das amostras o material é avaliado quanto a existência de doenças infecciosas (AIDS, hepatite, retrovirose). Em seguida são colocados em uma solução criogênica e criopreservados (ou congelados) em nitrogênio líquido, a uma temperatuta de -196ºC, preservando-se por anos. O material congelado é identificado e mantido em banco de sêmen, para quando houver o desejo do paciente ser utilizado em conjunto com técnicas de reprodução assistida (fertilização “in vitro”).
A possibilidade de criopreservar (ou congelar) o sêmen é indicada ao paciente que desejem ter filhos, e que será submetido ao tratamento de químio ou radioterapia, cirurgia de próstata (e que ainda não tenham filhos), cirurgia de remoção de testículo, vasectomia e doenças que utilizem terapias imunossupressoras, portadores de Lúpus e artrite reumatoide, profissionais que trabalham e situações de risco para a fertilidade, como mergulhadores, expostos a produtos químicos, agrotóxicos, pesticidas ou radiações ionizantes.
O procedimento de congelamento do sêmen deve ser iniciado antes do paciente se submeter à primeira sessão de químio/radioterapia, ou estar exposto aos riscos de perda da fertilidade.
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Mais sobre Criopreservação

O espermatozoide é uma célula que tem um bom potencial de criopreservação, por suas características de pequeno volume em comparação a sua relativamente grande superfície e pouca quantidade de água intracelular, devido ao seu escasso citoplasma, além de estar em uma fase onde a divisão celular está completa. A criopreservação do sêmen é a conservação dos espermatozoides través do processo de resfriamento (lento ou rápido) e manutenção a 196ºC negativos, em nitrogênio líquido com a finalidade de mantê-los em estado de baixo metabolismo celular, preservando sua capacidade de fertilização e desenvolvimento embrionário inicial. Após o descongelamento ocorre uma perda na motilidade, porém as taxas de fertilização e gestação são semelhantes com a utilização de espermatozoides frescos ou criopreservados, desde que se utilize para a injeção espermatozoides móveis. O objetivos da criopreservação de espermatozoides são: 1-Preservar a fertilidade frente a doenças ou tratamentos que prejudiquem a espermatogênese. 2-Preservar espermatozoides provenientes de técnicas alternativas de coleta evitando um segundo procedimento. 3-Permitir o tratamento com técnicas de Reprodução Assistida na ausência do parceiro. 4- Constituição de banco de espermatozoide para doação.

Processo de Criopreservação

O processo de criopreservação envolve as seguintes etapas: 1-Coleta da amostra e leitura pré-congelamento. 2-Adição gota a gota do meio crioprotetor. 3-Leitura após adição do crioprotetor. 4-Transferência do sêmen adicionado ao crioprotetor para palhetas identificadas. 5-Selagem das palhetas. 6-Acondicionamento das palhetas em rack para serem submetidas ao processo de resfriamento em equipamento (lento) ou imersão em vapor de nitrogênio (rápido).

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