Azoospermia: o que é?

Azoospermia é quando não se detecta espermatozoide no sêmen ejaculado. Isto pode acontecer por dois motivos principais:

    Azoospermia não obstrutiva:

produção de espermatozoides insuficiente para que apareça no ejaculado, porém podendo existir pequenas áreas de produção nos testículos.

    Azoospermia obstrutiva:

existe algum bloqueio do sistema de transporte do espermatozoide ao meio externo.

Nesse contexto, o homem ejacula normalmente, porém o sêmen não contém espermatozoides, impedindo a fecundação.

Lembrando que a azoospermia é causa de infertilidade, porém não tem nenhuma relação com impotência sexual, e a ereção pode ser atingida normalmente.

Causas

Azoospermias não obstrutivas: As causas podem ser pré testiculares como disfunções hormonais ou alterações genéticas e testiculares como  mal formações congênitas. As causas genéticas são responsáveis por cerca de 15% desse tipo de azoospermia. Causas desconhecidas pela medicina são chamadas de idiopáticas.

Azoospermias obstrutivas: condições que obstruam os ductos que transportam espermatozóides para o exterior como doenças (prostatites), traumas, anormalidades do epidídimo ou canal deferente decorrentes de mutação cromossômica (Agenesia Congênita Bilateral dos deferentes) e a mais comum a vasectomia.

Sintomas

A condição pode ser assintomática (ausência de sintomas) ou os sintomas podem ser próprios das condições de base da doença, em casos obstrutivos, como sintomas ligados a infecções, traumas ou tumores.

Diagnóstico

Feito através do espermograma, exame que conta a quantidade e analisa a qualidade em geral dos espermatozoides presentes no sêmen ejaculado.

Nas azoospermias não obstrutivas são necessárias as avaliações Hormonal e genética para o correto diagnóstico da causa. O cariótipo de banda G faz o diagnóstico das alterações nos cromossomos sexuais, por exemplo, o Klinefelter (47XXY) e a pesquisa de microdeleção do cromossomo Y analisa especificamente a presença dos genes que comandam a produção de espermatozoides. A avaliação hormonal pode diagnosticar uma das poucas doenças tratáveis dessa situação que é o Hipogonadismo Hipogonadotrófico.

Na ausência dos deferentes se faz necessária a avaliação da presença de mutação do gene da fibrose cística no cromossomo 7, pois se o casal for portador poderemos ter problemas com a criança.

Tratamento

Azoospermia não obstrutiva: as causas genéticas não têm tratamento, as sequelas de infecção também não e nas causas idiopáticas o tratamento é controverso. A única causa com tratamento consagrado é o hipogonadismo hipogonadotrófico que responde muito bem a suplementação de gonadotrofina. Na maioria dos casos o homem é submetido a exploração cirúrgica do testículo para recuperar espermatozoides e utilizá-los para fertilizar os óvulos da parceira em uma técnica chamada de ICSI. A taxa média de recuperação testicular é de 50%, exceto nos homens com microdeleção completa de AZFa ou AZFb (genes do cromossomo Y).

Azoospermia obstrutiva: A causa mais frequente é a vasectomia e na maioria dos casos possível a  correção cirúrgica. Quando a cirurgia não pode ser realizada, como na agenesia congênita dos deferentes, pode-se realizar a coleta dos espermatozoides diretamente do epidídimo, através de agulha fina com anestesia local, para uso em ICSI.

Lembrando que o objetivo principal, em ambos os casos, é devolver a fertilidade ao casal.

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