Neste mês de conscientização sobre o câncer da próstata abordaremos várias questões relacionadas à doença, entre elas, as repercussões sobre a sexualidade e as mudanças após o tratamento.
Já sabemos da importância do adenocarcinoma da próstata para a população masculina, uma vez que é o câncer mais frequente para o sexo masculino. O tratamento do câncer da próstata é baseado em:
- Remoção cirúrgica da próstata, chamada de prostatectomia radical que pode ser realizada por cirurgia convencional (aberta), laparoscopia e, mais recentemente, com cirurgia robótica.
- Destruição do tumor na próstata, utilizando radiação (radioterapia), crioterapia (lesão por congelamento tecidual) ou ultrassom de alta frequência (HIFU).
- Vigilância ativa da doença, ou seja, somente acompanhamento regular nos casos de baixo risco.
A cirurgia e a radioterapia são considerados tratamentos curativos.
Quer dizer que posso somente acompanhar o câncer sem tratá-lo?
Sim, é possível em situações muito bem definidas, quando o paciente tem condição psicológica de conviver com a existência da doença e disponibilidade para acompanhamento (consultas e exames) regular com o urologista.
Essa opção é feita nos casos de tumor localizado e muito baixo risco, eu explico: a classificação de risco muito baixo (very low risc tumor) é baseada no tamanho do tumor, na sua diferenciação celular (escala de Gleason) e na densidade do PSA (valor do PSA/volume da próstata). Essa classificação inicial vem sofrendo atualizações com a incorporação de nova rotina de biópsia (maior número de amostras de tecido) e novos métodos de imagem (ressonância magnética nuclear).
Outro fator a ser considerado é a idade do paciente, pois se o diagnóstico for realizado em um homem com menos de cinco anos de expectativa de vida, a observação também é possível.
E quando devo optar por um tratamento curativo?
Nos casos de baixo risco, mas com chance de progressão e nos casos de risco intermediário o tratamento curativo é indicado. Consideramos a prostatectomia radical (aberta, laparoscópica ou robótica) e a radioterapia (externa ou braquiterapia) como formas de tratamento curativo. A crioterapia e o HIFU são opções menos utilizadas e restritas aos pacientes sem condições clínicas de realizar as outras (insuficiência cardíaca, respiratória, por exemplo).
Consulte um urologista, faça os exames e cuide de sua saúde.
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