Neste mês de conscientização sobre o câncer da próstata abordaremos várias questões relacionadas à doença, entre elas, as repercussões sobre a sexualidade e as mudanças após o tratamento.

Já sabemos da importância do adenocarcinoma da próstata para a população masculina, uma vez que é o câncer mais frequente para o sexo masculino. O tratamento do câncer da próstata é baseado em:

  1. Remoção cirúrgica da próstata, chamada de prostatectomia radical que pode ser realizada por cirurgia convencional (aberta), laparoscopia e, mais recentemente, com cirurgia robótica.
  2. Destruição do tumor na próstata, utilizando radiação (radioterapia), crioterapia (lesão por congelamento tecidual) ou ultrassom de alta frequência (HIFU).
  3. Vigilância ativa da doença, ou seja, somente acompanhamento regular nos casos de baixo risco.

A cirurgia e a radioterapia são considerados tratamentos curativos.

Quer dizer que posso somente acompanhar o câncer sem tratá-lo?

Sim, é possível em situações muito bem definidas, quando o paciente tem condição psicológica de conviver com a existência da doença e disponibilidade para acompanhamento (consultas e exames) regular com o urologista.

Essa opção é feita nos casos de tumor localizado e muito baixo risco, eu explico: a classificação de risco muito baixo (very low risc tumor) é baseada no tamanho do tumor, na sua diferenciação celular (escala de Gleason) e na densidade do PSA (valor do PSA/volume da próstata). Essa classificação inicial vem sofrendo atualizações com a incorporação de nova rotina de biópsia (maior número de amostras de tecido) e novos métodos de imagem (ressonância magnética nuclear).

Outro fator a ser considerado é a idade do paciente, pois se o diagnóstico for realizado em um homem com menos de cinco anos de expectativa de vida, a observação também é possível.

E quando devo optar por um tratamento curativo?

Nos casos de baixo risco, mas com chance de progressão e nos casos de risco intermediário o tratamento curativo é indicado. Consideramos a prostatectomia radical (aberta, laparoscópica ou robótica) e a radioterapia (externa ou braquiterapia) como formas de tratamento curativo. A crioterapia e o HIFU são opções menos utilizadas e restritas aos pacientes sem condições clínicas de realizar as outras (insuficiência cardíaca, respiratória, por exemplo).

Consulte um urologista, faça os exames e cuide de sua saúde.