A reversão de vasectomia é uma cirurgia que foi descrita em 1977 nos EUA, consagrada nos anos 90 e opção de tratamento para homens vasectomizados.. O método reconstrói a passagem do espermatozóide pelo canal deferente possibilitando a gravidez natural.
Com o avanço da medicina ao longo dos anos, a técnica vem trazendo resultados ainda melhores. Atualmente, as chances de obtenção de uma gestação após a reversão da vasectomia são consideradas boas. A taxa de permeabilidade é de 75 a 97%, com retorno dos espermatozoides no sêmen três semanas após a cirurgia e gravidez entre 40 a 60% em até dois anos.
Mas existem alguns fatores essenciais para que o homem seja elegível para o procedimento e que os resultados sejam, de fato, satisfatórios. Confira agora!
1: As taxas de sucesso são variáveis
Embora a reversão de vasectomia seja uma boa opção de tratamento de infertilidade por vasectomia, não é apenas a cirurgia que conta. Por isso, antes do homem ir para a mesa de cirurgia, alguns fatores devem ser considerados:
- Idade da parceira. Afinal, ao contrário do homem, as mulheres vão perdendo sua fertilidade com o passar dos anos, o que pode diminuir as chances de engravidar.
- Permeabilidade tubária, ou seja as trompas precisam estar saudáveis para dar passagem aos espermatozoides.
- Tempo da vasectomia – quanto maior o tempo, menores são as taxas de permeabilidade e gravidez, mas mesmo assim após 15 anos de vasectomia temos 75% de permeabilidade e 30% de gravidez. O tempo é importante mas não é fator limitante.
2: A cirurgia anterior também tem influência no resultado
Vasectomias realizadas com grande ressecção do deferente podem trazer maior dificuldade na reversão, porém não é fator que contra indique a reversão. Verificamos as condições no exame físico na consulta inicial do paciente.
Pacientes vasectomizados que já fizeram uma reversão com falha, podem tentar nova reversão, porém nesses casos a taxa de sucesso será menor.
3: Tipos reversão de vasectomia
A reversão de vasectomia pode ser realizada de duas formas. O que vai definir o método cirúrgico é a presença de espermatozoides no coto (pedaço) do deferente que vem do testículo. O líquido que sai desse coto é analisado durante a cirurgia por uma bióloga, caso tenhamos espermatozoides é realizada a vasovasostomia, do contrário realizamos a vasoepididimostomia.
O primeiro método é chamado de vasovasostomia. É uma cirurgia bem frequente, e consiste em ligar os ductos cortados por meio de suturas muito finas (microcirúrgica).
Já o segundo método, a vasoepididimostomia, consiste na anastomose (ligação) do deferente diretamente no edipídimo em uma área que contenha espermatozoides, também com técnica microcirúrgica.
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